sexta-feira, setembro 28, 2012

festival do rio


Além dos filmes do John Carpenter, de Alberto Cavalcanti e João Pedro Rodrigues, eu indicaria estes filmes. Os que estão em itálico entram já já em cartaz:

A era atômica, de Héléna Klotz
Neil Young Journeys, de Jonathan Demme
Jerry Lewis - Loucura e método, de Gregg Barson
Marina Abramovic - Artista presente, de Matthew Akers
Diário da França, de Raymond Depardon
Monty Python - A autobiografia de um mentiroso, de Jeff Simpson, Bill Jones, Ben Timlett
Mekong Hotel, de Apichatpong Weerasethakul
Simon Killer, de Antonio Campos
Ferrugem e osso, de de Jacques Audiard
Spalding Gray, de Steven Soderbegh
Magic Mike, de Steven Soderbegh
Mais um ano, de Mike Leigh
Planeta solitário, de Julia Loktev
Turistas, de Ben Wheatley
Killer Joe, de William Friedkin
Vestígio, de de Naomi Kawase
Obrigação, de João Canijo
Indomável sonhadora, de Benh Zeitlin
Moonrise Kingdom, de Wes Anderson
Post Tenebras Lux, de Carlos Reygadas
Viola, de Matias Piñeiro
7 Días en La Habana, vários diretores
Elefante Branco, de Pablo Trapero
Piazza Fontana, de Marco Tullio Giordana
Bestiário, de Denis Côté
Shokuzai, de Kiyoshi Kurosawa
Cesare Deve Morrer, de Paolo & Vittorio Taviani
Tabu, de Miguel Gomes
Holy Motors, de Leos Carax
Foxfire, de Laurent Cantet
Escola Secundária, de Celina Murga
Michael Jackson, de de Spike Lee
Verão de Red Hook, de Spike Lee.
Dias de Pesca, de Carlos Sorín
Twixt-3D, de Francis Ford Coppola
Os invisíveis, de Sébastien Lifshitz
Atrás da porta, de István Szabó

terça-feira, setembro 25, 2012

robert frank no caixa

A Caixa Cultural exibe filmes de Robert Frank nesta semana. Vejam a programação:


25 e 29 de setembro
Local: CAIXA Cultural - Cinema 1
Horário: 17h
"Pull My Daisy" (co-direção Alfred Leslie, 1959, 28 min., 16mm)
"O.K. End Here" (1963, 30 min., 35mm)

25 e 29 de setembro
Local: CAIXA Cultural - Cinema 1
Horário: 19h
"Conversations in Vermont" (1969, 26 min., 16mm)
"About Me: A Musical" (1971, 35 min., 16mm)

26 e 30 de setembro
Local: CAIXA Cultural Cinema 1
Horário: 18h30
"Me and my brother" (1965-68, re-editada em 1997, 90 min., 35mm)

27 de setembro
Local: CAIXA Cultural - Cinema 2
Horário: 19h
"I Remember" (1996, 5 min., video)
"Fernando" (2008, 12 min., video)
"Flamingo" (1990, 7 min., video)
"The Present" (1996, 24 min., video)
"Paper Route" (2002, 23 min., video)

28 de setembro
Local: CAIXA Cultural - Cinema 2
Horário: 19h
"Moving Pictures" (1994, 16 min., video)
""Run—New Order" (1989, 4 min., video)
"Home Improvements" (1985, 29 min., video)
"Tunnel" (2005, 5 min., video)
"True Story" (2004, 26 min., video)






sábado, setembro 22, 2012

sessão corsário


Esta segunda (24), o cineclube Sessão Corsário estréia com uma obra-prima de Fernando Coni Campos, "Ladrões de Cinema" (1977). Além do longa, será exibido o curta "Não dê ouvidos a eles" (2012), de Leonardo Esteves.

O Sessão Corsário começa às 19h no Cine Cândido Mendes, em Ipanema.

sábado, setembro 15, 2012

mercenários 2 **


Quem acompanha o KINOS sabe que eu gosto bastante do primeiro “Mercenários” (2010). Escrevi brevemente sobre o filme na época de lançamento. Contudo, não gostei tanto desta sequência, dirigida por Simon West (“Con Air”). A franquia perdeu aquela estranheza (do humor meio “velho”, da falta de jeito do Stallone em dirigir algumas cenas ), aquela objetividade (era um longa quase sem planos de cobertura, ação atrás de ação, todas as cenas sendo decisivas para o encadeamento da narrativa), e até a trilha sonora perdeu um pouco do seu impacto. “Mercenários” “profissionalizou-se”, se transformou em mais um. Mais um, não. Eu cresci vendo estes caras na tela. E quando Jean-Claude Van Damme, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger, Sylvester Starllone e Chuck Noris aprecem juntos em cena, no mesmo plano, algo acontece comigo. É puro afeto e simpatia. Eu me pego com um sorriso no rosto. Enfim...

O que achei bem curioso foram as críticas do “Globo” (Rodrigo Fonseca) e da “Folha” (Alexandre Agabiti Fernandez). A primeira é elogiosa a ponto do exagero. “Mercenários 2” estaria reinventando o cinema de ação pela via autoral. A segunda é morna, bem morna. O filme privilegiaria um “dilúvio de violência, sangue e explosões em detrimento de personagens dignos do nome e de uma história minimamente interessante e bem contada”, e teria como única qualidade “o humor, inexistente na produção inaugural da franquia”. Bom, sabemos que isto não é verdade, embora o humor desta sequência seja mesmo talvez um pouco exagerado (justamente porque funcionou no primeiro longa). A minha impressão é a de que enquanto o Rodrigo Fonseca gostava do filme antes mesmo de vê-lo, Alexandre Agabiti Fernandez dificilmente se deixaria surpreender por Stallone e cia.

quarta-feira, setembro 12, 2012

coisas

- a nova edição da "La Furia Umana".

- ensaio de Kent Jones sobre "Rosetta" (1999), dos irmãos Dardenne. 

- incrível entrevista com Ben Gazzara.

- belo texto de J. Hoberman sobre Cronenberg e "Cosmópolis", filme visionário sobre o qual voltarei em algum post.

- o IMS vem exibindo uma mostra com filmes do recentemente falecido Chris Marker. vejam a programação aqui.

- por fim, o trailer de "Ted", o primeiro filme dirigido por Seth Macfarlane, o criador de "Family Guy". o longa estréia por aqui no final de setembro. 


quinta-feira, setembro 06, 2012

tony scott


Tony Scott é um desses cineastas que merece uma revisão. Acho, inclusive, que isto já está em vias de acontecer. Embora ainda não seja lá muito apreciado pela crítica e muito menos pela academia, seus últimos filmes têm chamado atenção de algumas figuras importantes e de revistas como a “Cinema Scope”. E, nestes embates, algumas pistas curiosas têm sido apontadas: a noção de cinema da “pós-continuidade” de Steven Shaviro; o diálogo com os primeiros teóricos-cineastas do cinema, que defendiam uma transvalorização do real pela imagem; uma certa noção de ”impressionismo”; o ritmo e os efeitos em uma espécie de sintonia com um mundo globalizado fragmentado, multi-um monte de coisas... Acho mesmo que isto é apenas um começo. Scott é um cineasta de muito sucesso. Seus filmes fizeram parte da formação de muita gente que ainda talvez não tenha chegado à crítica ou à academia. E a relação destes com o cinema dele me parece ser de outra ordem. Veremos.

Leiam o texto de Ignatiy Vishnevetsky e vejam o vídeo abaixo (uma propaganda para a BMW), dirigido por Scott.


segunda-feira, setembro 03, 2012

o ditador **


Dessa vez, Sacha Baron Cohen vive o General Almirante Aladeen, chefe supremo da nação norte-africana Wadiya. Ele é anti-semita, racista, machista... Aladeen é o ator e o atleta mais premiado da nação. Um de seus games preferidos se chama “Olimpíadas de Munich”. Ele mantém relações sexuais (pagas com muito dinheiro) não só com Megan Fox, mas também, a julgar pela sua parede de Polaroids pós-coito, Arnold Schwarzengger e Oprah. Por lei, seu sobrenome deve ser usado no lugar de palavras comuns, como "sim" e "não", o que contribui para uma considerável confusão na vida de seus súditos. Aladeen está ansioso para construir uma bomba e vem dando trabalho às inspeções da ONU.

“O ditador” é um filme um pouco desequilibrado em sua montagem. Os acontecimentos são ora apressados, ora alongados por vezes de maneira demasiada (se bem que, em alguns momentos, esse alongamento é justamente o que produz graça). Ainda assim, como “Borat” e mesmo “Bruno”, este novo filme também revela um trabalho eficiente de roteiro, de criação de personagens e encadeamento da trama, e o humor de Cohen parece ainda mais afiado.

“O ditador” está a todo o momento testando os limites da comédia, da tolerância do espectador. Cena a cena, somos confrontados e rimos das piadas mais agressivas e de mau-gosto possíveis. Para ficar em alguns exemplos, Aladeen faz graça de 11 de setembro, pede a um refugiado africano um exército de crianças para as doze horas do dia seguinte, e conta uma longa história envolvendo abusos sexuais a menores. Piadas sublinhadas como piadas, desferidas sempre em um tom de avacalhação geral, como forma de ridicularizar certos segmentos sociais e políticos – o discurso final de Aladeen sobre democracia na ONU é prova disto. Em mais uma atuação impecável, Cohen da cara à tapa e nos oferece uma representação caricatural de um ditador islâmico. Cohen e o diretor Larry Charles se fazem dessa imagem simplificadora do que vem a ser um ditador islâmico como uma espécie de estratégia, revelando a imbecilidade de certos códigos, comportamentos e crenças que pontuam o nosso dia-a-dia.